Um estudo conduzido pela Universidade de Tóquio revelou que pilotar motos todos os dias pode manter em alta o funcionamento cerebral. O estudo mostrou que pilotos com idade entre 40 e 50 anos melhoraram os seus níveis de funcionamento cognitivo em comparação a um grupo controle, após pilotarem diariamente com as suas motos até o seu local de trabalho por dois meses.
Os cientistas acreditam que a concentração extra necessária para operar com sucesso uma motocicleta pode contribuir para maiores níveis gerais de funcionamento do cérebro, e é esse aumento na atividade cerebral que certamente foi um fator que contribui para o apelo das motocicletas como transporte. passeio em uma moto transforma uma simples viagem em um desafio para os sentidos. Enquanto o motorista de um carro é apenas transportado do ponto A ao ponto B, o motociclista é realmente transportado em um estado completamente diferente de consciência.
Andar de moto é sobre a entrada em um clube exclusivo onde a jornada é realmente o destino.
Dr. Ryuta Kawashima, autor de Dr Kawashima’s Brain Training: How Old Is Your Brain, relatou esse resultado no seu estudo sobre "A relação entre a pilotagem da motocicleta e da mente humana."
Os experimentos de Kawashima envolveram pilotos que atualmente montaram motocicletas em uma base regular (a média de idade dos pilotos era 45) e ex-pilotos que já pilotavam regularmente, mas não tinham feito um passeio por 10 anos ou mais. Kawashima pediu aos participantes para realizarem percursos em diferentes condições enquanto ele gravou suas atividades cerebrais. Os oito percursos incluíram uma série de curvas, más condições das estradas, montanhas íngremes, e uma variedade de outros desafios.
O que ele encontrou? Após uma análise dos dados, Kawashima descobriu que os pilotos atuais e ex-pilotos usaram o seu cérebro de maneiras radicalmente diferentes. Quando os pilotos atuais montaram as motocicletas, segmentos específicos de seus cérebros (o hemisfério direito do lobo pré-frontal) foi acionado e os pilotos demonstraram um maior nível de concentração.
Seu próximo experimento foi um teste de como o hábito de andar de moto afeta o cérebro.
Os participantes da pesquisa eram pessoas saudáveis que não tinham pilotado por 10 anos ou mais. Ao longo de um par de meses, os pilotos usaram uma moto para o seu deslocamento diário e em outras situações cotidianas, enquanto Dr. Kawashima e sua equipe estudaram como era alterado os seus cérebros e a saúde mental.
O resultado foi que o uso de motocicletas na vida cotidiana melhorou as faculdades cognitivas, particularmente aquelas que se relacionam com a memória e a capacidade de raciocínio espacial. Um benefício adicional? Os participantes revelaram em questionários que eles preencheram no final do estudo que os seus níveis de stress tinham sido reduzidos e seu estado mental mudou para melhor.
Então, por que motos? irigir um carro não deveria ter o mesmo efeito que andar de moto?
"Havia muitos estudos feitos sobre a condução de automóvel no passado", disse Kawashima. "Um carro é uma máquina confortável que não ativa nosso cérebro. Isso só acontece quando atravessamos um cruzamento ferroviário ou quando uma pessoa pula na frente de nós. Usando motocicletas mais em nossa vida, podemos ter efeitos positivos em nossos cérebros e mentes ".
A Yamaha participou de um projeto de pesquisa sobre o tema "a relação entre pilotar uma motocicleta e o estímulo cerebral" em conjunto com a Kawashima Laboratório do Departamento de Imagiologia Cerebral Funcional, Instituto de Desenvolvimento do Envelhecimento e Câncer na Universidade de Tohoku.
O projeto começou em setembro de 2009 e funcionou até dezembro de 2010, e o foco da pesquisa foi a medição e análise da relação causa e efeito envolvido na operação de diversos tipos de veículos e da estimulação cerebral. O estudo mediu mudanças em tal estímulo ao longo do tempo por meio de dados coletados a partir de um levantamento em massa de longo prazo.
A pesquisa foi dividida em dois períodos de tempo ao longo de 2009 e 2010, em comparação a diferenças nas condições de estimulação cerebral relacionadas com o tipo de veículo e as condições de condução. Um segundo conjunto de ensaios mediram a evolução de estimulação do cérebro ao longo do tempo envolvendo um grupo maior.
A Yamaha Motors cedeu veículos para a pesquisa e fez suas pistas de testes e cursos disponíveis para o estudo. O que o estudo revelou é o que você está pensando, enquanto você está andando - e sua experiência com a moto - altera a estrutura física de seu cérebro.
O Autor Sharon Begley concorda com os achados de Kawashima. Em seu livro Train Your Mind - Mude seu Cérebro, Begley encontrou os mesmos resultados.
"O cérebro dedica mais cortical imobiliário para funções que seu dono usa com mais freqüência e diminui o espaço dedicado a atividades raramente desempenhadas", escreveu Begley. "É por isso que os cérebros dos violinistas dedicam mais espaço para a região que controla os dedos da mão de digitação."
E você também pode obter alguns benefícios físicos e mentais ao pensar em ir para um passeio em sua máquina.
Um experimento de 1996 na Harvard Medical School, pelo neurocientista Alvaro Pascual Leone com voluntários praticando um exercício simples de cinco dedos no piano ao longo de cinco dias e um par de horas por cada dia revelou que o espaço do cérebro dedicado a esses movimentos do dedo cresceu e empurrou de lado áreas menos utilizadas.
Mas a surpresa foi com o grupo separado de voluntários que foram convidados para simplesmente pensar em fazer os exercícios de piano durante essa semana, e dedicar a mesma quantidade de "tempo de prática." Pascual Leone viu que a região do cérebro que controla o movimento do dedo tocando o piano .
As revelações dos estudos e dos trabalhos desses cientistas comprovam mais uma vez que os benefícios de se andar de moto são maiores do que muitos detratores tentam pregar quando falam dos perigos e a insegurança. É óbvio, mas é sempre bom quando especialistas constatam que passear com a sua motoca faz bem para o seu cérebro. Então motociclistas mantenham o seu cérebro sempre ativo e alerta.
fonte: http://www.penedoridersmc.com.br/exibe_noticia.php?cod=30
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